quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Efedrina entra, endorfina sai.... E a verdade tb.

Sempre achei que para eu ter inspiração para escrever, eu precisava de um outro alguem. Um sofrimento amoroso, um(s) chifre(s), ser traído, trair, perder algo -alguem - ganhar, morrer, nascer...
Não.
Hoje eu escrevo para mim, por mim, sobre mim.
Eu estava morrendo de sono, frio e tédio em casa quando decidi, enfim, tomar um comprimido de efedrina e sair para caminhar, a noite. Eu, o iPod e a Beira Mar. Acho que tem algum alucinógeno ali porque eu viajeeeeeeeeeei nos pensamentos.
Pensei na vida - minha vida - e vi o quanto eu gosto dela. Toda errada, toda torta, confusa, complexa... Mas se não fosse assim, que graça teria?
Estar sozinho - do verbo: estar sem mais uma escova de dentes figurando no porta escovas de dentes - nos faz conhecer aquele SELF (oi, Jung, blz, brodi?) que a gente esquece as vezes.
Mas eu gosto dele :) Acho que apesar de todos os defeitos, eu sou bem sincero com tudo o que eu sinto e tudo o que eu sou, por assim dizer.
E daí que 99% das pessoas me vêem como uma piranha? Aposto que minha cama é bem menos frequentada do que a de 99% desses 99%. Adoro me divertir sim, beijar é bom pra caramba, mas quem se dispõe, sabe que, em 99% das vezes, não vai passar disso, e nem dessa vez.
Mas se eu me apaixonar, me entrego mesmo. E continuo sendo sincero. Eterno enquanto dure.
Tenho experiências - e oportunidades - que me levam a agradecer a cada segundo dessa minha vida. Minha história.
Tenho pessoas ao meu redor que eu entraria em frente a um trem por elas.
Tenho a família torta, errada, complexa, confusa e perfeita que vale ouro.
Tenho um filho lindo (Dolce), plantei algumas árvores, casei, comprei uma bicicleta, divorciei, ando de bicicleta :)
Estudo e trabalho o suficiente para me levar onde quero.
Conheço lugares incríveis, fiz coisas incríveis neles.
Acredito que vou atingir 99% dos meus sonhos...
MAS
E esse 1% que falta de tudo?
Faltar é bom, faz ter vontade de completar 100% e se essa vontade de viver não existir, a gente a penas existe, e não vive, certo, Oscar Wilde?

E agora que eu já vomitei todas essas palavras, fico pesando: PARA QUÊ?
Porque eu quis!
:)


domingo, 8 de maio de 2011

Quanto vale o corpo?

Parece que quando a vida quer ensinar uma lição, ela ensina... Não importam quantos forem os caminhos necessários.
As vezes me vejo em situações em que parece que não existe o valor da auto-preservação. AUTO. Esse conceito anda meio desaparecido.
É tao bom - logo, importante - ser suficiente a si mesmo. Não buscar satisfação naquilo, naqueles que simplesmente não querem.

Conceito sumido também é o do cada um no seu quadrado. SAUDADES!
O corpo nao vale é nada mesmo hoje. Mantenho, assim, minha linha de vida retrô e sou feliz assim - serei. E por favor, no meu potinho de escova de dentes, só cabe a minha - Grato.

quarta-feira, 16 de março de 2011

TEM COMO?

Será que tem como alguém implantar um pouco de juízo na minha cabeça?
Acho que nesses dias de extrema insatisfação intestinal, eu eliminei parte da minha consciência junto.
A lei da oferta e da procura só funciona porque a gente sempre procura o que não está em oferta?
Sou consumista e gasto - quebro a cara - mais até nos assuntos não-materiais?

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Nota mental

NOTA MENTAL - Para o resto do mundo.



Não se apaixone.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Comer, rezar, amar, chorar, vomitar, voltar...

"He was playing a character I had invented,
which is somewhat telling. In desperate love, it's always like this,
isn't it? In desperate love, we always invent the characters of our
partners, demanding that they be what we need of them, and then feeling
devastated when they refuse to perform the role we created in the first
place..."
— Elizabeth Gilbert

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

quem conta-um-conto...


E tirou uns dez minutos - ou teriam sido horas? - para ler um conto indicado por sua irmã (http://caiofabreu.blogspot.com/2010/08/aqueles-dois.html).
Aquilo o comoveu. A vontade de ficar em silencio, contemplar o belo foi mais forte do que qualquer outra vontade. Talvez a vontade de dividir com alguém o que sentiu. Talvez não.
Não estava pronto para sentir aquilo de novo, não queria. Se recusava.
Não é hora.
Melhor sentir sozinho.
Mas, que hora seria a hora? O que vale é não saber, e enquanto sabe - ou se importa - ainda não é, a hora.
Ele gosta sim, e gosta muito. Se sente feliz. Mas não, ainda não é a hora. Quando for, não vai se importar com o relógio, com os tic-tacs, com os minutos, segundos... Não vai se importar com nada a não ser... Ser.
Ele aprendeu a lição, talvez tenha ficado muito frio com isso, muito duro. Mas ele aprendeu, e se errar novamente, vai ser pelo oposto do(s) anteriores. Não vai correr, não vai se apressar. vai dar tempo ao tempo e se o outro - quando - esperar, bem.



Ele quer dormir cedo, mas não consegue.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Poligamia emocional


O homem realmente deveria vir com um manual de instruções.
Dentre os mais variados capítulos, o mais lido - aquele que fica com o canto da página todo sujo, encardido - seria o das Opções.
As vezes eu acho que é difícil viver sem algumas coisas. Mas mais difícil ainda é, mesmo, ter que escolher. Tomar decisões, olhar as opções.
Se realmente existe um destino, deveriamos não ter opções. Mas não existe destino. É só uma ilusão que usamos, apoiamos, confiamos e projetamos para justificar uma escolha (certa ou errada) dentre as opções.
E essas opções sempre vêm na pior hora. Quando há liberdade, nunca aparece nada. Quando você pensa que encontrou o que queria, uma bifurcação surge, e de seus dois caminhos, outros dois... Quando se vê, já é uma raiz, gigante, profunda, tridimensional - CONFUSA.
Por que a gente tem que escolher, quando na verdade, o ideal seria juntar tudo? Quase uma poligamia emocional.

A vida não permite test-drive como quando queremos um carro novo. Ou será que ela permite?

O foco aqui é mesmo as opções. E tudo é assim, quando a gente não tem ninguém... Parece que ninguém aparece. Quando a gente tem alguém, parece que todo mundo quer.
Quando a gente tem comida na geladeira, queremos comer o que não está ali. Quando tem só miojo, a gente come ele mesmo.

Estou embriagado de sono e não consigo dormir. Por que eu só sinto sono de manhã?

Ainda bem que existem opções, afinal. E antes que venham as criticas, a idéia de não fazer sentido foi uma escolha, uma opção - Eu precisava entender meus pensamentos antes de explicá-los.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

um pouco de colo.

E quando todo o sentimento se vai, vem um vazio aliviaAdor. Mas ainda sim, um vazio.
Quando eu digo que o sentimento se vai, eu quero dizer o calor do começo, a segurança do meio e a raiva do fim. Simplesmente vazio.
E no final, o que conta? Acho que é a ausência do colo. O colo para dormir e também o colo para fazer dormir.
Com a licença do grande Cazuza, sair por aí "desperdiçando meu mel, devagarzinho flor em flor" traz um conforto. Mas é um conforto também vazio. Como a beleza de uma maquiagem. Marca muito, mas qualquer lágrima pode borrar.
Esse blog devia mesmo chamar WELCOME TO MY LACK OF EQUILIBRIUM.
Por que é que as coisas não podem estar boas ao mesmo tempo. Não quero tudo perfeito não, só boinhas, mas simultaneamente.
O que diabos eu estou escrevendo? Um capítulo podre sobre fim de namoro da novela adolescente mais próxima?
AGH...

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Coeur...

dive for dreams

dive for dreams
or a slogan may topple you
(trees are their roots
and wind is wind)
trust your heart
if the seas catch fire
(and live by love
though the stars walk backward)
honour the past
but welcome the future
(and dance your death
away at the wedding)
never mind a world
with its villains or heroes
(for good likes girls
and tomorrow and the earth)
in spite of everything
which breathes and moves, since Doom
(with white longest hands
neating each crease)
will smooth entirely our minds
-before leaving my room
i turn, and (stooping
through the morning) kiss
this pillow, dear
where our heads lived and were.

silently if, out of not knowable

silently if, out of not knowable
night's utmost nothing,wanders a little guess
(only which is this world)more my life does
not leap than with the mystery your smile
sings or if(spiralling as luminous
they climb oblivion)voices who are dreams,
less into heaven certainly earth swims
than each my deeper death becomes your kiss
losing through you what seemed myself,i find
selves unimaginably mine;beyond
sorrow's own joys and hoping's very fears
yours is the light by which my spirit's born:
yours is the darkness of my soul's return
-you are my sun,my moon,and all my stars

E.E. Cummings

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Le parapluie


Il pleuvait fort sur la grand-route
Ell' cheminait sans parapluie
J'en avais un, volé, sans doute
Le matin même à un ami
Courant alors à sa rescousse
Je lui propose un peu d'abri
En séchant l'eau de sa frimousse
D'un air très doux, ell' m'a dit " oui ".

Un p'tit coin d'parapluie
Contre un coin d'paradis
Elle avait quelque chos' d'un ange
Un p'tit coin d'paradis
Contre un coin d'parapluie
Je n'perdais pas au chang', pardi !

Chemin faisant, que ce fut tendre
D'ouïr à deux le chant joli
Que l'eau du ciel faisait entendre
Sur le toit de mon parapluie !
J'aurais voulu, comme au déluge
Voir sans arrêt tomber la pluie
Pour la garder, sous mon refuge
Quarante jours, quarante nuits.

Mais bêtement, même en orage
Les routes vont vers des pays
Bientôt le sien fit un barrage
À l'horizon de ma folie !
Il a fallu qu'elle me quitte
Après m'avoir dit grand merci
Et je l'ai vu', toute petite
Partir gaiement vers mon oubli