segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Ilusão.



Há pessoas que vivem em um mundo de ilusão, tão dentro de suas próprias mentiras que não se dividem mais da dualidade. Confundem-se dentro de si mesmos. Pena.
Um sentimento ruim a se ter pelos outros... Dó, pena, essas coisas que a gente acha que faz pelo bem do outro mas que na verdade são a simples prova de que nos sentimos melhores que eles. É, eu sinto pena.

No alto de minha auto-estima. Na ausencia completa de qualquer estima por qualquer coisa.
O egoísmo é o bem maior que temos por nos mesmos.


... Anyway, I chose you and now it's all gone to waste, it's saturday... I go out and find another you...

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Crônicas de Peu - Um Shampoo, uma bússola e o Roberto Carlos



Acabo de sair do banho, estava preparado para lavar o cabelo quando peguei o pote de shampoo e percebi que estava quase vazio – xingamento número 1 – depois, apertei o pote, quase estrangulei o pobre coitado e consegui que saísse um pouco de conteúdo, um quinto do que geralmente uso – xingamento número 2 – que comecei a passar na cabeça. Em dois segundos eu já tinha a quantidade de espuma que consigo com os quatro quintos a mais de todo dia. O que isso significa? – Pergunto.
Significa, Pedro, que você é exagerado – respondo.
O pior tipo de exagerado – analiso.
O exagerado que não percebe que passa dos limites, e também que não percebe que às vezes da muitas voltas para chegar ao mesmo tanto de espuma na cabeça. Para quê? – divago, questionando.
Nunca tive espinhas na testa, mas mesmo assim, tenho cremes que prometem acabar com essa praga – a acne – de uma vez por todas. Ao utilizar os três passos, muito bem estruturados em um rótulo bonito e que, ao longo dos três primeiros dias eu já devia ver o resultado. Como eu veria o resultado se nunca tive espinhas? Bom... Ironia do destino ou burrice de quem vos escreve, percebi o resultado com três vulcões em erupção na minha testa outrora lisa como bundinha de bebê – clichê.
Por quê eu comprei MAIS UM creme? Exagero.
Acho que a minha bússola de tampinha de garrafa PET e agulha de costura não apontou para o Norte porque eu mesmo estava tão confuso quanto aos nortes da minha vida que acabei interferindo no magnetismo da agulha.
Confuso que saí do banho há uns 4 minutos, ensopei o teclado do computador para escrever esse post que agora eu já me pergunto se deveria ter começado. Perdi o rumo.
Voltando para casa hoje, antes do banho, ouvi COMO É GRANDE O MEU AMOR POR VOCÊ (Sim, aquela do Roberto Carlos). Arrepiei, não por gostar da voz dele ou por nunca ter ouvido a música, mas por pensar se existe um amor – não-familiar-amigavel - para quem cantar uma música assim. Invejei o Rei.
Não sei se consigo me abrir e doar tanto para atingir algo que nem mesmo o Mar para comparar o quanto seja grande. Mas isso, o norte, a bússola e minhas confusões são assunto para uma próxima vez.
Mas, como não se deve começar um tópico que não se vai terminar, após a música de Roberto, vieram os Engenheiros do Havaí para complicar ainda mais minha mente. “Ontem a noite, a noite tava fria. Tudo queimava mas nada aquecia”. É por aí que eu me sinto.

Boa noite ao som de Dreams, Cranberries. “Impossible as it seems”.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Fix you, fix me...


"Frágil – você tem tanta vontade de chorar, tanta vontade de ir embora. Para que o protejam, para que sintam falta. Tanta vontade de viajar para bem longe, romper todos os laços, sem deixar endereço. Um dia mandará um cartão-postal de algum lugar improvável. Bali, Madagascar, Sumatra. Escreverá: penso em você. Deve ser bonito, mesmo melancólico, alguém que se foi pensar em você num lugar improvável como esse. Você se comove com o que não acontece, você sente frio e medo. Parado atrás da vidraça, olhando a chuva que, aos poucos começa a passar."

C. F. Abreu.



Por quê não poderia ser um pouquinho mais simples? Não muito... Só um pouco. O suficiente para não estragar tudo com as minhas próprias mãos.
É pedir muito - penso - SIM! - respondo.
Erre, ignorante. Mas erre até aprender porque quando as desculpas da ignorância se forem, sobrará apenas e estupidez da busca pelo caráter.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Enjoy the silence...

Essa viagem a Fortaleza tem me feito muito mal e muito bem ao mesmo tempo.
Tenho voltado a apreciar dois aspectos da minha personalidade que eu havia deixado de lado por um tempo:
Eu adoro ficar sozinho;
Eu adoro ouvir músicas no fone de ouvido;
Tenho sentido muito a falta de uma certa pessoa (oh! jura?!?) mas saber que essa distância não muda o carinho, me sinto feliz por apreciar tanto a solidão e o silêncio social que ouvir musicas pelo fone de ouvido me proporciona.
Ultimamente tenho pensado em como as pessoas têm perdido chances de ficarem quietas. As vezes é tão fácil evitar falar merd@ - desculpe - mas mesmo assim, a pessoa insiste e GOOOOL...
Mas enfim, espero conhecer um pouco dessa cidade para apreciá-la tanto quanto os momentos que eu ja falei.
Preciso ser repetitivo mas, é MUITO bom se fechar do "o mundo la fora" e simplesmente mergulhar nas imagens que você vê dando uma trilha sonora diferente para elas. Musicas que voce gosta e não pessoas falando - muitas vezes o que não devem.
Parece crise de adolescente/emo/depressivo/NxZero mas não é. É apenas uma reflexão pessoal sobre os prazeres de uma boa música quando se está sozinho.
...
É isso aí: Enjoy the silence... e viva a audição seletiva.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Penso, logo, estou fora do sistema.

Abandonei a escrita nos últimos tempos. Talvez porque o sistema me leve a escrever sobre o que ele quer e não sobre o que eu quero.
Falando em “ser levado a”, já faz um tempo que venho – na minha humilde ignorância – avaliando a postura e o WAY OF LIFE de alguns professores e, hoje, tive a clara imagem da decepção. É ruim.
As 8 da manhã, me sentei na sala de aula aguardando a professora que chegou, “pontualmente”, ás 8:30, sendo que a aula começava as 8. Ela, que sempre prega a falta de respeito que é chegar atrasado a algo. Em um contingente de 13 alunos, ela, sem se desculpar, começa a aula, pela chamada. Ela nem olha para o aluno ou vê se o mesmo está respondendo por outros. Eu fiz o teste, respondendo por mim, e depois, novamente, por um amigo que não estava. Nem um obstáculo.
Às 8:34, uma garota entra na sala, se desculpa e senta. Assiste toda a aula, fazendo anotações, perguntas e demonstrando interesse, MUITO mais interesse que eu, que cheguei 30 minutos antes que a professora, demonstrei – e senti. No final da aula, a pérola: A garota diz, professora, tive um problema com o ônibus, por isso me atrasei, podes me adicionar na chamada? E a professora, ríspida, diz: Eu já fiz a chamada, e só para quem estava presente, fiz pontualmente as 8:25, você tinha 5 minutos para lidar com o problema dos ônibus.
Será que só eu percebi quanto de demagogia e MENTIRA, havia nessa sentença proferida pela professora? – Fico quieto, afinal, quem é a autoridade? (...)
Muito bem, vou para a próxima aula. Dessa, eu já não espero nada. A professora indica entre 2 e 9 (hahaha) textos por aula. TODOS escritos por ela em que a ÚNICA referência bibliográfica é ela mesma. (Democrática, a vegetariana, Né?) Ok. OK! Revemos o plano de ensino pela quadragésima vez até que ela resolve por entregar as provas que fizemos na semana passada. 4 questões discursivas em que poderíamos consultar os textos (dela) para responder. Escrevi MUITO. E quando recebi a nota, 7.0. Fui olhar os comentários. Ela simplesmente ignorou os meus pontos de vista, cobrando exatamente as palavras dela sobre determinado assunto. Enfim. Concordo receber um X quando perguntam quanto é 2 +2 e eu respondo 9, mas receber um X quando a pergunta é sobre OPINIÕES SOBRE experimentação animal, visão holística X visão mecanicista, educação ambiental? Respiro fundo, não vou discutir. Desde que me entendo por gente, somos, por direito, seres portadores de opiniões, que podem ser iguais, parecidas ou diferentes das dos outros. Isso enriquece a tão defendida DISCUSSÃO. #FAIL total. Hora de ir almoçar.
Troco o almoço por compras na livros&livros no Centro de Eventos da UFSC (SUPER PROMOÇÃO, vale a pena conferir!!!!) lá, uma professora fazendo um pequeno discurso sobre o quanto é absurdo que vendam o livro dela por R$9,90 (ele custava R$24,90), afinal, por R$9,90 – palavras DELA – “que tipo de gentinha vai ter acesso a esse livro agora?”. ESTUDANTES, quem sabe... Seres pensantes que investem R$9,90 em um livro dela. R$9,90 que é mais do que o que muuuuuuuuuuuuita gente pode investir em um almoço. De novo, respirar fundo, não sou responsável pela ignorÂncia de ninguém.
Finalmente, 13:30, a ultima aula do dia, só até as 17h, eu agüento!
E daí, a ultima gota d’água, a cereja do Haagen Dazs, o pingo no ultimo “i”... _ Alunos, vamos nos organizar em 5 ou 6 e lutar por nosso direito de IR e VIR, vamos, de madrugada, queimar ônibus, lutar para que abaixem os preços, afinal, é o nosso direito.
A classe não se manifesta, e com isso, a desequilibrada se sente apoiada, e continua.
Eu achava um absurdo, mas eu também uso ônibus, vamos mostrar que esses preços estão absurdos, impeçam ruas, queimem ônibus, quebrem lojas, afinal, alguém tem que ser atingido para que aconteçam mudanças.
SOCORRO, sou eu apenas ouvindo isso?????? SOCORRO....
Desesperado, desabafo no TWITTER, e a loucura continua. Concordo com ela, as tarifas estão elevadas, o preço a se pagar é caro, mas, queimar ônibus? Quebrar lojas? Que tipo de manifestação é essa que mostra o posto do que se quer? Justiça? ... Sinto-me sem palavras para expressar a RIDICULEZ (com a permissão póstuma de Guimarães Rosa, vamos criar palavras).
É a mesma pessoa que há algumas semanas, discutiu fortemente comigo acerca das COTAS em Universidades Publicas. Lembro-me como se fosse hoje, do dedo levantado, como quem diz que eu PRECISO pensar da mesma forma que ela, e as palavras saindo disparadas, sem respirar: “São 500 anos de preconceito, Pedro! Eles merecem que paguemos por isso, cedendo vagas”. Sim professora, concordo que TODOS têm o mesmo direito, por isso, não me coloco contra as cotas para quem não teve acesso a um estudo de qualidade. MAS ISSO NÃO TEM NADA A VER COM A COR!!! E ela continua... PREGANDO a idéia de que somos todos responsáveis pelo preconceito contra negros. Mas não é fomentando esse preconceito com a entrega de vagas nas Universidades que pagaremos por 500 anos desse “pecado”. Todos temos as mesmas capacidades, o que difere são nossas oportunidades, - porque isso sim, é pessoal. Me mostre um negro de 500 anos, que eu dou a minha vaga para ele sem pestanejar. O preconceito é generalizado e não vai ser ultrapassado com pena e sim com exaltação da igualdade, inclusive a igualdade de lutar por algo como uma vaga em uma boa universidade. Há muita coisa errada no sistema.
Com tudo isso, me pego no dilema: REBATO ou não? Fico quieto ou falo? Falei... Pontuei, em voz baixa, meu ponto de vista sobre a “rebelião” ou a “revolução” que ela encomendava. PRA QUÊ??? Volta o dedo para minha cara. Agora sim, metade da sala resolveu concordar comigo. Por que cada um não defende o que pensa? Diversidade de opiniões enriquece uma nação e traz de volta ideais democráticos que justificam uma história de mais de 500 anos e que volta, com atitudes baixas, ao “planeta dos macacos”, macacos esses que, revelam mais consciência social em suas tribos do que muitos seres pensantes que fecham suas mentes para o que não concorda. Wilde já dizia sabiamente : “Se tens a cabeça fechada, mantenha também a boca”.
HARE BABA!
Melhor ir para academia do que atacar a geladeira.
FUI!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Just a small drop.


Aiaiai... Sabe quando algo que você, inevitavelmente, sabe que vai acontecer, mas... "Não agora".
Daí... toca o tão memorável remix do dj Negão da musica Halo, você olha para o lado e alí está... E acontece.
Você volta para algo do passado sem sentir que é retroceder. Sente que está indo para frente. Agora, duas pessoas diferentes, mas still... As mesmas.
Posso, de novo, cair em ilusão. I DON'T CARE.
Estou feliz. De novo. Vale a pena.

terça-feira, 13 de abril de 2010

My mistakes haven't made me stronger.

Tantas coisas acontecendo. My god. Parece que passei por cima de mim mesmo um milhão de vezes.
Por quê é mais fácil aceitar os erros dos outros e tão difícil de aceitarem os nossos? Talvez porque tenha sido a hora errada de errar #complicado.
Queria pensar: FODA-SE, eu não preciso de você~!
Mas eu não penso assim, eu preciso de vocês. Vocês que desistiram de mim.