quarta-feira, 25 de junho de 2008

essa minha conversão...


... Antes que eu visse, você disse e eu não pude acreditar...

Por quê quando se tem certeza de se ter aquilo pelo que sempre almejou-se, tens também a automática certeza de que à partir daí, aquilo vai parecer sem sentido e passa-se a querer mais, e mais coisas ou, senão mais, apenas algo diferente daquilo que se quis, outrora?
Nunca se atinge a satisfação, mas caminha-se para a satisfação momentânea e essa é a razão do meu andar.
Andar esse, dividido, lado a lado com aquilo e aqueles que realmente importam.

A verdade é que eu tenho o que eu quero, mas quero outra coisa, agora. Aprendi no entanto que posso querer as duas coisas, ser feliz com o que tenho, e ter perspectivas, ainda sim.


Hora de trabalhar agora, =/
bjs,
Pê.

2 comentários:

~> Renan disse...



Estava lendo um texto um texto que saiu em um site americano essa semana que a autora dele falava algo parecido com o que disse!

E o melhor de tudo é que muitas pessoas acabam compartilhando o mesmo pensamento!

;D

ótimoO!

assinado eu disse...

Isso me lembrou um texto que, quando li, pensei em ti. Estamos nos sintonizando de novo? Vou postar o texto pra ti, aqui vai:

"

Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que por admiração se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles. Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria e peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles. Por causa de carros e pessoas, às vezes se tocavam, e ao toque - a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras - e ao toque brilhava o brilho da água de les, a boca ficando um pouco mais seca de admiração. Como eles admiravam estarem juntos!

Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que estava ali, no entanto. No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram. Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais distraídos." (Clarice Lispector)

Minha distração já está retomando o antigo posto, apesar da natureza humana exigir sempre mais. Não acho que isso seja ruim, enquanto sabemos conciliar nossas buscas com nossas conquistas. É o que nos impulsiona pra frente, certo? Não podemos andar pra trás. Mas andamos de mãos dadas. Eu te amo.