domingo, 25 de novembro de 2007

Total reset?


Yeah...

Estava eu aqui, todo preocupado com a imensa prova de Botânica de amanhã e pensativo sobre por onde eu devia começar a estudar quando eu me dei conta... Eu tenho um blog. E mais que isso, me dei conta que estava com saudades de escrever aqui.

Pelo menos eu sei que pouquíssimas pessoas vão ler mas ainda sim eu terei escrito - nota-se claramente que eu continuo só fazendo sentido pra mim mesmo - =)

Começo então a pensar naquele seleto grupo de coisas que eu não selecionei. As coisas que sem querer, fazer com que eu queira atingir meus objetivos.

Atualmente eu me sinto de um jeito totalmente diferente, em todos os sentidos...contrastando, no entanto, com a sensação de que não há nada diferente exceto o modo de ver as coisas.

Eu olho pela janela do quarto (..."pela janela do quarto, pela janela do carro"...) e vejo tudo aquilo que ta sempre de passagem, sempre de mudança, sempre sem um tempo exato. Eu sinto falta de tempos exatos, de certezas. Sinto falta daquilo que sei que não vai acabar, embora eu tenha sempre valorizado o que , de uma forma ou outra, acaba.

Ontem eu me peguei lendo Fernando Pessoa na praia (cara**,isso devia ser um prazer obrigatório!!!) e numa das minhas passagens preferidas, ele diz:


"Eu nunca fui dos que a um sexo o outro

No amor ou na amizade preferiram.

Por igual amo, como a ave pousa

Onde pode pousar


Pousa a ave, olhando apenas a quem pousa

Pondo querer pousar antes do ramo;

Corre o rio onde encontra o seu retiro

E não onde é preciso.


Assim das diferenças me separo

E onde amo, porque o amo ou nenhum amo,

Nem a inocência inata de quem ama

Julgo postergada nisto.


Não no objecto, no modo está o amor,

Logo que a ame, a qualquer coisa amo.

Meu amor nela não reside, mas

Em meu amor".


(...)

(Poesia 156, Ricardo Reis por, Fernando Pessoa)


Sinto até um arrepio de sensibilidade quando penso nessas palavras que podem não ter pra mim o mesmo significado que tem pra mais ninguém - assim espero - mas que mesmo assim tento expressar como sendo senso comum o pensamento que me ocorre.

Quanto a mim, continuo buscando o equilíbrio das coisas que fogem de se equilibrar.


Paro então novamente pra pensar o porque de escrever essas coisas e a resosta me vem logo de cara.... Porque eu quero! E eu gosto de fazer as coisas que quero fazer.


Bom final de domingo que na ilha está hora nebuloso, hora ensolarado... e sempre abafado.

Bjs,

Peu.

4 comentários:

Anônimo disse...

Peeeu.
adorei o blog e post... muito bons..

tenha um ótimo final de domingo tambem
abraaaaços

Ma disse...

Você é perfeito!
Em todos os sentidos, mesmo que não faça sentido ser perfeito por dizerem que ninguém é perfeito. Mas você é! =)
E nesse caso, eu sou sim a dona da verdade! ;)

Anônimo disse...

seu lado emo me comove!lindas palavras...mas no fundo é só dizer...
FUDEU!
hauhauhauhauhau
bjoooooooooooooooooooooooooooooo
(L)

Marcelo Araujo disse...

A gente sempre muda tanto... E as coisas mudam tanto. Mas quando a gente se dá conta, nós somos as mesmas pessoas e as coisas continuam as mesmas coisas.
O que dá saudade é de não reparar nas mudanças. Mas as coisas só são porque a gente as percebe. Se a gente não repara na mudança, ela simplesmente não acontece. Ao mesmo tempo que se a gente presta atenção, as coisas continuam sempre as mesmas...
É mais ou menos por aí!
:)